11.9.16

A alimentação ideal para um endomorfo

Ora, vamos ao que interessa: eu sou um endomorfo. Para quem não sabe o que são os três tipos de corpos (ectomorfo, mesomorfo e endomorfo) pensou que eu me estava a assumir como ET. Eu sou endomorfo, isto quer dizer que tenho muita facilidade em ganhar peso. Mas, também quer dizer que sou um vestígio dos antepassados da Idade da Pedra e que posso ser forte , robusta e saudável. Yuppie, só espero ser mais inteligente que os homens e mulheres das cavernas!!!!

Princípios básicos
Já que eu sou quase uma pessoa das cavernas, tenho que seguir uma alimentação semelhante aos nossos antepassados para ser forte e saudável (quando estou a falar de forte, estou a falar daquele tipo de forte que levanta leões e dá uma carga de porrada aos outros).
Por outro lado, os endomorfos costumam ter problemas de resistência á insulina e maior intolerância a hidratos de carbono. Deste modo, os endomorfos devem ter uma alimentação com menor teor em hidratos de carbono e a percentagem de gorduras saudáveis e proteína na dieta será maior.
Para os endomorfos a distribuição dos nutrientes deve ser ,mais ou menos, a seguinte:
  • Hidratos de Carbono: 25% a 30%
  • Gorduras saudáveis: 25% a 30
  • Proteínas: 40% a 45%
Os endomorfos possuem um metabolismo baixo, sendo aconselhado fazer refeições pequenas mais vezes ao dia em vez de refeições maiores menos vezes ao dia. Isto permite manter o metabolismo em níveis mais elevados.

Como escolher os hidratos de carbono?
Os endomorfos são muito sensíveis aos hidratos de carbono e devido ao seu baixo metabolismo têm tendência a transforma-los em gordura. As pessoas com este tipo de corpo podem comer hidratos de carbono, aliás devem consumi-los (as células nervosas alimentam-se, primordialmente, de glicose). Contudo, os endomorfos devem consumir menos hidratos de carbono e hidratos de carbono de melhor qualidade.
Os hidratos de carbono de um endomorfo devem possuir baixo IG, pois, estes levam a uma menor estimulação da produção de insulina, o que é benéfico, já que, estes são suscetíveis a terem resistência á insulina. Por outro lado, devem-se preferir os hidratos de carbono complexos.

Mas o que são hidratos de carbono complexos?
Se pensarmos num hidrato de carbono como um colar de pérolas, um colar com poucas perolas é um hidrato de carbono simples, um colar com muitas perolas é um hidrato de carbono complexo.


A vantagem dos hidratos de carbono complexos é que demoram mais tempo a ser digeridos, logo, possuem uma absorção mais lenta. Estes factos tornam mais difícil que sejam transformados em gordura. Algumas fontes de hidratos de carbono complexos são as hortaliças,  leguminosas, grãos integrais e legumes ricos em amido (batata doce, cenoura, milho, abóbora).
Os endomorfos também podem obter hidratos de carbono dos lacticínios magros. Apesar da lactose (açúcar do leite) ser um hidrato de carbono simples, as proteínas presentes nestes produtos permitem uma absorção mais lenta. Aconselha-se a restringir os lacticínios a duas ou três porções diárias.
Os endomorfos também podem comer fruta em pequenas quantidades e preferencialmente frutas menos doces. Contudo, a fruta não deve ser consumida em excesso, por cada cinco porções de vegetais podem ser consumidas 2 porções de fruta.

Como escolher a proteína?
Como os endomorfos ganham peso com facilidade devem optar por proteínas magras, pois estas possuem menos gordura e calorias. Boas fontes de proteína são: qualquer tipo de peixe, carnes brancas (frango, peru e coelho), ovos e algumas leguminosas como o feijão e lentilhas. Os endomorfos podem comer carnes vermelhas, no entanto, devem ser restringidas a duas vezes por semana.

Quais são as melhores fontes de gordura?
As gorduras saudáveis podem ser um bom aliado dos endomorfos quando consumidas em moderação. As gorduras exigem mais tempo e esforço para ser digeridas, contribuindo para maior saciedade. Por outro lado, o consumo de gordura envia sinais que levam á queima de gordura. Ao fornecer ao corpo gordura, este "pensa" que tem uma fonte constante de gordura, podendo libertar-se da gordura que tem acumulada.
De forma muito simplificada, as gorduras insaturadas (mono e polinsaturadas) são  as gorduras mais saudáveis. Este tipo de lípidos está presente
  • Abacate;
  • Azeitonas e azeite extra virgem;
  • Frutos secos: nozes, amendoins, amêndoas, avelãs e cajus;
  • Sementes: girassol, linhaça, abóbora , sésamo;
  • Peixe gordo: salmão, sardinha, atum
Dicas extra (leve dois e pague um)
A alimentação é um assunto complexo, inclui vários fatores. Por isso, deixo aqui umas dicas extra:
  1. Todas as pessoas devem comer legumes , mas na alimentação dos endomorfos estes têm um papel fulcral. como os endomorfos não devem comer muitos hidratos de carbono as suas refeições são mais pequenas e menos saciantes. Ao encherem o prato de legumes vão encher o estômago. Os legumes são pouco calóricos, encorajo o seu consumo ilimitado.
  2. Os endomorfos são muito sensíveis ao excesso de calorias; quando cometem desleixes (acontece a todos , ninguém é perfeito) devem compensar com mais exercício e refeições mais leves o resto do dia.
  3. As refeições com maior quantidade de hidratos de carbono devem ser consumidas mais cedo no dia, isto dá oportunidade de gastar e queimar os hidratos de carbono. 
Como este post tem muita informação concentrada . Decidi resumi-lo nos seguintes pontos chave. Os endomorfos:
  1. Devem consumir menos hidratos de carbono;
  2. Optar por hidratos de carbono complexos e com baixo IG;
  3. Diminuir o consumo de fruta (duas peças por dia é um bom intermédio);
  4. Comer proteína a todas as refeições;
  5. Optar por proteínas magras;
  6. Consumir gorduras saudáveis em moderação;
  7. Comer várias e pequenas refeições ao dia;
  8. Começar o dia com as refeições mais ricas em hidratos de carbono.
Meus caros leitores, ser um endomorfo é complicado, contudo, com boa vontade tudo se faz. Os endomorfos não devem aspirar obter um corpo de modelo; os endomorfos são  naturalmente redondos, curvilíneos .Os endomorfos devem aspirar a um corpo com curvas; estas pessoas têm a vantagem de  poder perder peso sem perder as curvas. Ser um endomorfo pode ser fantástico!!
Por agora é tudo, despeço-me ,
A Rapariga dos Orégãos






7.9.16

Salada Mexicana

Com esta onda de calor que se tem vindo a sentir apetece comida mais fresca e leve. Apesar de nos calendários já ser setembro e de, lentamente, tudo voltar á rotina de trabalho ou escola pensei que seria a altura ideal para fazer uma salada que andava desejosa de experimentar. Esta salada é muito saudável e pode perfeitamente constituir uma boa refeição quando acompanhada por uma proteína como peixe grelhado.
É de realçar que esta salada tem abacate, um alimento muito rico em gorduras monoinsaturadas. Apesar destas gorduras serem saudáveis e o abacate ser muito saciante não se deve exagerar a sua ingestão : 1/4 a 1/2 de abacate por pessoa é suficiente.
Aqui vai a receita!!!!!

Salada Mexicana
(para 4 pessoas)
Ingredientes:
  • 1 abacate maduro
  • 1 pepino
  • 4 tomates médios e pouco maduros
  • 1/2 cebola branca
  • 1 limão
  • 2 pés de coentros frescos
  • azeite e  flor de sal qb
Preparação:
  1. Cortar o pepino em duas metades no sentido longitudinal, e depois cortar as metades longitudinalmente. E por fim, cortar os quartos de pepino em fatias.
  2. Cortar o tomate da mesma forma que o pepino.
  3. Cortar a cebola em cubos e picar os coentros.
  4. Juntar tudo e temperar agressivamente com flor de sal e sumo do limão.
  5. Adicionar um fio de azeite, mexer e servir.
Esta salada é muito saborosa, tem é que ser temperada convenientemente, a minha mãe sempre me disse para temperar as saladas como uma maluca. Adorei a combinação do crocante do pepino e tomate com a textura amanteigada do abacate, a acidez do limão e frescura dos coentros.espero que experimentem esta receita super simples qualquer dia.
Por agora é tudo, adiós,
A Rapariga dos Orégãos

4.9.16

Os três tipos de corpo: porque a alimentação não é um vestido de tamanho único

Durante quase todo o meu período de existência pensei que uma dieta se adaptava a todos nós, isto é, a alimentação, para mim, era um vestido de tamanho único. No entanto, a minha teoria tinha incoerências. Pessoas com o mesmo estilo alimentar reagiam de forma diferente e possuíam formas corporais diferentes. Todos nós conhecemos um pessoa que come tudo o quer e consegue manter a linha e uma pessoa que diz que engorda com água. Bem, estas afirmações talvez sejam um exagero, contudo, podem ser perfeitamente justificadas pela ciência. Todos nós fomos programados de forma diferente, dai a nossa alimentação ter de ser diferente.

Existem três tipos principais de corpos: ectomorfo, mesomorfo, endomorfo. Cada tipo de corpo tem vantagens e desvantagens, nenhum é pior do que outro. Após ler e pesquisar sobre este assunto decidi escrever este post; eu não sou nenhuma expert. Prontos!!

Quem são os ectomorfos?
Estas pessoas são magras e, geralmente, podem ser detetadas a milhas de distância. Alguns exemplos de pessoas com este tipo de corpo são modelos, corredores de longa distância e ciclistas. Caracterizam-se por apresentarem: 
  • Articulações pequenas (tornozelos e pulsos);
  • Corpo em forma de "régua" ou "tábua de passar a ferro";
  • Estrutura óssea pequena e fina;
  • Membros alongados;
  • Dificuldade em ganhar peso;
  • Pouca massa muscular e  pequena percentagem de gordura corporal.

Quem são os mesomorfos?
Os mesomorfos são o intermédio entre os endomorfos e ectomorfos. Estes apresentam um corpo mais atlético com mais massa muscular e correspondem a muitos atletas. Caracteristicamente, possuem:
  • Articulações de médias a grandes;
  • Corpo simétrico: forma de ampulheta;
  • Estrutura óssea mais larga que a dos ectomorfos: os  seus ombros  podem ser mais largos que as ancas;
  • Corpo naturalmente musculado e atlético;
  • A mesma facilidade em ganhar e perder peso;
  • Grande percentagem de massa muscular.

E os endomorfos?
Os endomorfos são o oposto dos ectomorfos, apresentam a maior percentagem de gordura corporal, são mais baixos e têm pouca definição muscular devido á camada de gordura presente debaixo da pele. A Marylin Monroe e a Kim Kardashian são exemplos de endomorfos e mostram como este tipo de corpo pode ser bonito quando trabalhado. Algumas das suas características são:
  • Articulações grandes
  • Corpo em forma de pera: acumulação de gordura na zona inferior da barriga, ancas e coxas
  • Estrutura óssea mais larga
  • Geralmente são mais baixos que os outros tipos de corpo
  • Membros afunilados: mais finos nas extremidades
  • Facilidade em ganhar peso e em ganhar massa muscular

Como distinguir os três tipos de corpo?
Nem todas as pessoas encaixam perfeitamente numa categoria, muitos de nós somos uma mistura de dois tipos de corpos. Sendo, assim, pode ser muito difícil saber qual é o tipo de corpo predominante.  Não obstante, existem alguns truques:
  • O truque do pulso: colocam-se dois dos dedos á volta do pulso, como se fosses uma pulseira. Se os dedos se tocarem é um mesomorfo, se ocorrer sobreposição dos dedos é um ectomorfo e se os dedos não circundarem todo pulso é um endomorfo.

  • Metabolismo: os ectomorfos têm a capacidade de se desleixarem na alimentação e não ganhar peso; os endomorfos ganham peso, se se desleixarem, e têm dificuldade a perde-lo; os mesomorfos ganham peso mas conseguem perde-lo, rapidamente.
Os ectomorfos têm um metabolismo muito alto, processam de forma muito rápida o que ingerem. Deste modo, eles não chegam a acumular gordura; estas são as pessoas que comem tudo o que lhes apetece sem ganhar peso. Para a maioria das pessoas isto seria uma bênção. Mas, os ectomorfos, geralmente, querem ganhar peso e músculo de forma a deixaram de ter uma aparência de "régua".

Os mesomorfos têm um metabolismo eficiente, mais baixo que os ectomorfos. Este permite-lhes ganhar massa muscular  e perder peso com facilidade. No entanto, se os mesomorfos se desleixarem ganham peso, ao contrário dos ectomorfos.

Os endomorfos têm um metabolismo baixo. Por isso, têm tendência a engordar por natureza e a sentir mais cansaço. Na atualidade, muitas pessoas são endomorfos devido á seleção natural que ocorreu. Como os endomorfos conseguem acumular mais gordura, têm maiores reservas; em épocas problemáticas as pessoas com mais reservas conseguiam passar mais tempo sem comer. Ao longo do tempo, foram privilegiados os endomorfos, pois estes davam mais garantias na sobrevivência da espécie. Se imaginarmos um homem das cavernas este será  uma pessoa pequena, de estrutura óssea larga e robusto, justamente, um endomorfo em forma. Os endomorfos representam os nossos antepassados.

Quando descobri isto foi como se tivesse uma epifania, de repente, todas as peças do puzzle encaixavam. Esta descoberta levou a que eu rejeitasse a minha teoria da dieta única. Percebi que as pessoas são todas feitas de forma diferente. Por sermos todos diferentes é que existem imensas dietas e estilos de vida pelo mundo e todas com resultados fantásticos; o que funciona para mim pode não funcionar para o vizinho do lado (e isso não deve levar a frustração). Ao saber qual é o meu tipo de corpo e como ele funciona, percebi que não vale a pena compararmos pessoas. Eu sou um endomorfo; sim para estar em forma tenho que ter muto cuidado; sim, provavelmente, vou sempre ter uma barriguinha e coxas grandes. Mas, o que é que isso interessa. Agora sei o que o meu corpo precisa e como ele reage á comida que lhe dou e isso faz me feliz.

Este post, por um lado, deve ser esclarecedor e ,por outro lado, assustador. A sério, perceber que não posso comer a massa, arroz e batatas que me apetece é estranho e assustador. Espero que tenha sido clara.
Por agora é tudo; despeço-me com alegria;
A Rapariga dos Orégãos









31.8.16

Índice glicémico

Adoro saber como funciona o meu corpo, especialmente como o meu corpo reage a certos alimentos.  Considero o índice glicémico uma ferramenta muito importante porque permite saber como o nosso corpo reage aos hidratos de carbono. Estive a pesquisar sobre este assunto e encontrei muita informação interessante que decidi partilhar aqui. Refiro mais uma vez que não sou uma expert, esta é apenas informação que pesquisei e recolhi. Aqui vai!!!!

O que é o índice glicémico (IG)?
O índice glicémico expressa a rapidez com que um alimento aumenta os níveis de açúcar (glicose) no sangue. Alimentos com um baixo IG libertam a glicose de forma lenta e constante, enquanto alimentos com alto IG libertam a glicose rapidamente, causando um pico nos níveis de glicose sanguínea. Alimentos com IG abaixo de 55 têm baixo IG e com IG acima de 70 têm alto IG. No gráfico em baixo mostro o efeito do consumo de alimentos com alto e baixo IG na concentração de glicose do sangue.



O IG e a insulina
Volto a enfatizar, os alimentos com baixo IG causam um aumento lento, constante e prolongado da glicose, sendo absorvidos mais lentamente. Pelo contrário, os alimentos com alto IG causam um pico muito rápido no açúcar sanguíneo, seguido de uma descida abrupta.
O aumento da glicose sanguínea leva à estimulação do pâncreas para a produção de insulina. A insulina é uma hormona cuja função é diminuir a concentração de glicose no sangue. A insulina diminui a glicose sanguínea através de vários processos como:
  • entrada de glicose nas células
  • armazenamento de glicogénio (reserva de energia)
  • armazenamento de energia sob a forma de gordura
Todos estes processos (bem como outros não referidos) levam à diminuição da glicose em circulação. A insulina é muito eficiente, ela leva á diminuição de valores de glicose acima do normal para valores muito baixos.

Como usar o IG a nosso favor?
Tanto os alimentos com baixo IG e alto IG devem ter lugar na nossa dieta, contudo em alturas e situações diferentes.

Alimentos com alto IG
Estes alimentos causam um aumento muito rápido da glicose sanguínea. Devem ser usados em situações em que é necessário aumentar a concentração de glicose de forma rápida e eficaz. Assim, devem ser usados em duas situações:
  • hipoglicémia (quando a glicose sanguínea se encontra abaixo do normal)
  • após actividade física intensa (o exercício físico esgota os stocks de energia, sendo importante repor os mesmos)  
Alimentos com baixo IG
Uma alimentação rica em alimentos de baixo IG pode levar á perda de peso, já que ocorre:
  • Redução da fome e apetite
A fome ocorre quando a glicose sanguínea está abaixo de valores normais. Numa alimentação com alto IG, a glicose sanguínea sobe rapidamente para valores acima do normal e depois, devido á insulina, a glicose desce ,de forma rápida, para valores abaixo do normal. Consumindo alimentos com baixo IG, a glucose mantêm se mais estavél, demorando mais tempo a atingir valores abaixo do normal. Deste modo, uma pessoa que tenha uma alimentação com alto IG terá fome mais vezes ao dia do que uma pessoa com uma alimentação de baixo IG. Ora, todos nós sabemos que se tivermos fome menos vezes ao dia, vamos comer menos vezes. Isto  pode traduzir-se numa diminuição das calorias ingeridas, o que leva á perda de peso.

Como vemos no gráfico numa alimentação com alto IG a glicose desce muitas vezes para valores muito baixos, o que leva á fome. Enquanto, que na alimentação com baixo IG a glicose sobe e desce, lentamente, mantendo-se sempre na faixa de valores saudáveis de glicose sanguínea
  • Menor produção de gordura
Os alimentos com baixo IG não causam um pico na glicose, consequentemente, é produzida menor quantidade de insulina. Como é produzida menor quantidade de insulina, o efeito desta hormona será menor, o que se traduz  num menor armazenamento de gordura.

Alimentação com baixo IG
Uma alimentação baseada em produtos de baixo IG pode ser muito benéfica. Por isso deixo aqui algumas dicas: 
  • Combinar produtos com alto IG com produtos de baixo IG: esta tecnica baseia -se no facto de o baixo IG de um alimento "equilibrar" o alto IG de outro alimento.
  • Combinar alimentos de alto IG com produtos ricos em proteina ou gordura: a presença de proteina e gordura leva á inibição de enzimas que decompõem os hidratos de carbono, o que torna a absorção mais lenta.
  • Escolher alimentos com fibra: a fibra diminui aabsorção intestinal de glicose, levando a um menor aumento da glicose sanguínea.
  • Optar por fruta e vegetais pouco maduros: estes possuem menos açúcar.
  • Optar por alimentos que não foram moídos: a moagem leva á diminuição do tamanho das partículas o que facilita a digestão, levando a uma absorção mais rápida. Por exemplo, a farinha de arroz apresenta maior índice glicémico que o arroz, o mesmo se passa com os sumos de fruta e a fruta.
  • Cozinhar o arroz e massa al dente: ao cozinhar menos os hidratos de carbono a digestão destes torna-se mais difícil e demorosa, o que aumenta o seu tempo de absorção.
  • Consultar as milhares tabelas de IG existentes online para fazer melhores escolhas.
Depois de tanta informação já devem estar cansados e com o cérebro a dar ás voltas. Por agora é tudo. Despeço-me,
A Rapariga dos Orégãos

28.8.16

Frango à Brás fingido

Gosto muito de frango à Brás, a combinação da doçura da cebola com o frango e a salsa, com o ovo a envolver toda esta magnifica combinação é fantástica. Apesar de gostar deste prato, o facto de ser necessário fritar batatas torna-o pouco saudável e demoroso. Já tinha pensado cozinhar esta delícia sem as batatas. Mas, quando apareceram umas sobras de frango de churrasco cá por casa decidi que estava na altura de experimentar esta receita para ver se conseguia obter o mesmo sabor sem o trabalho e gordura das batatas fritas.
O resultado final foi muito saboroso, fez um sucesso com as minhas irmãs, que acabaram por devorar esta delicia comigo.



Frango à Brás fingido

Ingredientes:
  • 1 cebola (cerca de 300 g)
  • 3 dentes de alho
  • 400 g de frango cozinhado e desfiado 
  • 5 ovos
  • salsa a gosto
  • azeite , pimenta branca e sal
Preparação:
  1. Num tacho coloque a cebola ás meias luas, os alhos picados e o azeite.
  2. Deixe as cebolas cozinhar até ficarem douradas e moles, pode ir adicionando umas gotas de água para não usar muito azeite.
  3. Adicione o frango e deixar cozinhar até aos ingredientes estarem bem ligados.
  4. Bata os ovos e misture o sal, pimenta branca e salsa picada no ovo.
  5. Adicione os ovos e deixe cozinhar em lume brando de forma a não queimar.
  6. Sirva quente acompanhado de uma salada.
Por agora é tudo, despeço-me com esta delícia,
A Rapariga dos Orégãos




24.8.16

Como ler os rótulos?

Para quem quer ter cuidado com o que põe na boca: para emagrecer, para ser mais saudável ou porque se tem alergias e intolerâncias, é importante ler os rótulos. Depois de tentar explicar a várias pessoas que ler um rótulo não se resume a ver o número de calorias, decidi criar um guia de como ler os rótulos.

Num produto existe uma lista de ingredientes e os factos nutricionais. A lista de ingredientes enumera todos os ingredientes, enquanto que os factos nutricionais listam os nutrientes e energia que o alimento fornece. Geralmente, começo por ler os factos nutricionais; se os factos nutricionais não forem interessantes, a meu ver, não leio os ingredientes e deixo o produto na prateleira.

Factos nutricionais

Normalmente, estão organizados em duas colunas: uma com a informação nutricional por 100g e por dose recomendada (esta varia de acordo com o produto).
As linhas possuem a informação do teor calórico, da quantidade de hidratos carbono descriminando-se os açucares. Bem como a quantidade de gordura (lípidos), destacando-se as gorduras saturadas; de proteína, de sal e fibra.

Para quem desconhece:
  • Gorduras saturadas: são constituídas por glicerideos e ácidos gordos saturados. Os ácidos gordos saturados são caracterizados por apresentarem apenas ligações covalentes simples entre os carbonos. Este tipo de gordura tem vindo a ser associado a problemas de saúde, devendo o seu consumo ser restringido.
  • Os açucares são hidratos de carbono simples e como todos sabemos não devem ser consumidos em excesso.
 Ao escolher um alimento guiando-me pelos factos nutricionais, sigo os seguintes pontos:
  1. Evito produtos com muitos açucares, tendo em atenção que alguns produtos têm açúcares naturalmente presentes que são impossíveis de evitar (por exemplo os iogurtes e leite).
  2. Quanto menos gordura melhor, especialmente gorduras saturadas.
  3. Tenho em atenção ás calorias. Contudo, mais importante é reparar nos nutrientes que o produto oferece.
Lista de ingredientes
Consiste numa lista dos ingredientes utilizados para produzir o alimento, estão organizados do ingrediente usado em maior proporção para menor proporção. Para fazer escolhas mais saudáveis e conscienciosas sigo estas regras:
  1. Quanto menos ingredientes melhor. Menos ingredientes significa que o alimento foi menos processado e não tem muita "porcaria" escondida.
  2. Os produtos com ingredientes que eu conheço são preferíveis, porque, geralmente, significa que são produzidos com alimentos a sério (farinha de trigo Vs corante E120).
  3. Quanto menos corantes, conservantes, E "qualquer coisa" melhor, os produtos com muitos conservantes e corantes são muito processados e ,provavelmente, não constituem uma boa escolha

Dicas (porque os rótulos podem ser matreiros)

  1. Ter atenção ás doses recomendadas. Ás vezes, as doses recomendadas correspondem á quantidade de produto que efectivamente comemos, neste caso uso a coluna da dose recomendada. Por outro lado, nalguns produtos a dose recomendada é absurdamente pequeno, eu acabo por usar a coluna das 100g.
  2. Para comparar 2 produtos é melhor usar a coluna das 100g.
  3. Nem todos os produtos 0% não têm matéria gorda e açucares adicionadas, ás vezes o 0% apenas se refere a um dos dois. É preciso verificar o rótulo.
  4. Para os intolerantes ao glutén, já existem muitos produtos com um símbolo de uma espiga com uma cruz por cima. Mas, por vezes, é necessário verificar os ingredientes ou outras fontes de informação.
  5. Verifico se na lista de vestígios existe algum alimento que  me possa causar alergias.
Este post deve ser um dos posts mais secantes da história da blogosfera. Contudo, considero mesmo muito importante ler os rótulos.
Por agora é tudo, despeço-me,
A Rapariga dos Orégãos

21.8.16

Pequeno-almoço saudável: Como?

Confesso que depois de criar o blog tive um bloqueio criativo , demorei algum tempo a ter ideias para escrever e todas as minhas ideias me pareciam horrendas. Decidi escrever sobre uma das minhas coisas favoritas: o pequeno-almoço. Não há nada como acordar e comer uma bela refeição para repor o perdido durante a noite. O pequeno-almoço também é a refeição mais importante, o seu objectivo é repor os nutrientes e energia perdidos durante a noite. Apesar de não ser uma expert em nutrição tenho andado a ler umas coisas e penso que será útil partilhar as minhas ideias.

O que se come ao pequeno-almoço vai influenciar o apetite e forma de estar ao longo do dia, daí ser muito importante tomar uma refeição adequada ás necessidades do organismo.
Mais importante do que se come ao pequeno-almoço é tomar o pequeno-almoço, por mais pequeno que seja; depois de uma noite em que o nosso corpo gastou energia para respirar, transpirar e manter as funções vitais do organismo é necessário repor o stock de energia.

Água
Durante a noite é gasta água, por isso é aconselhado que se beba água antes de comer. Ainda é mais relevante para quem bebe café ou chá com cafeína ao pequeno-almoço. As bebidas com cafeína têm um efeito diurético, isto é levam á produção de maior quantidade de urina, consequentemente, o organismo terá menor disponibilidade de água. Para compensar a água que será expulsa deve se beber água tanto antes como depois de beber café.

Índice glicémico
Um bom pequeno-almoço deve suprir as necessidades de energia e nutrientes do organismo, bem como contribuir para o controlo dos níveis de açúcar no sangue. Para regular os níveis de açúcar no sangue devem ser escolhidos alimentos com baixo índice glicémico. O índice glicémico expressa a influência de um alimento na concentração de açúcar no sangue. Os alimentos com alto índice glicémico causam um grande aumento da quantidade de açúcar no sangue muito rapidamente. Este aumento leva á produção de  grandes quantidades de insulina.
A insulina é a hormona que regula o metabolismo dos hidratos de carbono, esta leva á decomposição do açúcar (geralmente glicose) para a produção de energia, o armazenamento de glicogénio no fígado e de gordura (formas de reserva).
Grandes quantidades de insulina causam uma saciedade pouco douradora seguida de apetite voraz (quem não sentiu muita fome pouco depois de comer uma taça de cereais açucarados e leite).
Começar o dia com alimentos de baixo índice glicémico permite manter a concentração de açúcar no sangue constante e regular a fome e apetite devido a níveis de insulina mais baixos.


Como construir o pequeno almoço?
Uma boa refeição matinal deve ser constituída por: hidratos carbono com baixo índice glicémico e proteína (as gorduras estão naturalmente presentes tanto nos alimentos escolhidos).
Os hidratos de carbono podem ser tanto pão de centeio, mistura ou integral (estes têm menor índice glicémico e mais fibra) ou cereais (devem ter por 100g :mais de 3g de fibra, menos de 10g de açúcar e mais de 5g de proteína). Considero o pão  uma melhor opção pois tem menos açúcar e é muito difícil arranjar cereais que cumpram todos os requisitos.
As proteínas podem ser: ovos, fiambre (preferencialmente de aves), produtos lácteos como o leite, iogurte magro (sem açucares adicionados) ,queijos magros.
Curiosidade:a gordura e proteína diminuem o índice glicémico dos alimentos

Por agora é tudo, despeço-me.
A Rapariga dos Orégãos

18.8.16

Porquê orégãos?

Já que o meu nome é dedicado aos orégãos, é mais que justo que o meu segundo post, primeiro post a sério seja sobre esta erva aromática fantástica.

A verdade é que os orégãos são um salva-vidas para uma pessoa preguiçosa e com pouco tempo e, principalmente, pachorra pois fazem com que um prato passe de medíocre ou normal a espectacular.
Os orégãos podem ser utilizados de várias formas, mas as minhas favoritas são aquelas que incluem pratos com uma certa inspiração na cozinha italiana:

  1. Esparguete, cozo a massa até ficar al dente, escorro e depois ponho um fiozinho de azeite, um dente de alho bem picadinho e uma boa quantidade de orégãos. A massa fica fantástica.
  2. Tomate maduro, não sou grande fâ de tomate maduro (não sei porquê mais prefiro os tomates num estado entre maduro e verde), mas se puser orégaos o tomate torna-se muito mais apetecível pelo menos para mim.
  3. Pratos com base de tomate, carne picada, pizza, ...
  4. Tudo o que me der na mona, quando cozinho só para mim faço a minha comida como quero e bem me apetece, quero experimentar pôr uma coisa diferente, experimento, se ficar mal sou eu que sofro com as consequências.

Por agora é tudo, simplesmente queria explicar o meu amor por orégãos, despeço-me ,
A Rapariga dos Orégãos

Nasceu a Rapariga dos Orègãos

Já há algum tempo que eu me andava a debater sobre construir um blog, os pró eram muitos, contudo o meu tempo não é muito e quando eu começo alguma coisa gosto de leva-la até ao fim. 

Entretanto, um dia sugeri ás minhas irmãs criarmos um blog ,as três juntas.O trabalho a dividir por três é menor e assim, o blog poderia ser mais variado (já que eu não sou uma rapariga de muitos talentos, ao contrário das minhas irmãs ,que são umas fadinhas).
Bem, nós criamos o blog, só que rapidamente me apercebi que aquele não era o tipo de blog que queria, porque:

  1. O blog era rosa, basicamente uma estética muito diferente da minha.
  2. O primeiro post foi sobre nail art, bem como o segundo; a partir daí as minhas queridas irmãs disseram-me que não fazia sentido misturar outros assuntos. 
As minhas irmãs não me expulsaram, mas estes dois pontos fizeram  com que  eu sentisse que o blog não era meu. Eu precisava do meu espaço para escrever sobre o que me desse na cana, e não só sobre unhas  até porque unhas não são o meu forte, ando sempre com elas por pintar).

Chegando a esta conclusão, demorei um ou dois dias a decidir se criava o blog, até começei a criar uma conta de email e parei a meio. Mas, passado um dia tive um momento de eureka, porque não experimentar, não tenho nada a perder, até pode ser que consiga aliviar o stress.

Não vou prometer nada, tanto posso vir a escrever muito porque reorganizei as minhas prioridades ou nada porque não tenho assunto, as palavras não me fluem ou porque desisti ou não me apetece. Neste blog quero escrever sobre assuntos de que verdadeiramente gosto, seja comida (adoro comida, especialmente o pequeno-almoço), fotografia (uma arte que ando a tentar dominar muitas vezes sem efeito), gatos, ciência (quase todas as ciências me fascinam), viagens, moda, dormir e muito mais.

O nome do blog pode parecer disparatado tendo em conta que este vai ser um blog diverso, mas foi o primeiro nome que surgiu, é original e pronto eu gosto de orégãos. Pensei noutros mas nenhum era tão sonante.

Mudando de assunto, escrevi este texto absurdamente grande (que se calhar ninguém vai ler) para tornar isto oficia e fiz um blog todo fancy e giro para o mesmo efeito.

É tudo por agora, despeço -me com a maior alegria,
A Rapariga dos Orégãos